Doce Inocência
Doce Inocência
Parece que foi há anos
Que sorria ao ver-te
Chegando ao pé de mim,
Ou apenas a dizer-me 'olá'
Parece que foi há anos,
Que ria como uma tola
Ao ouvir as tuas histórias
Ou aquelas coisas ridículas
Que dizias quando éramos uma.
Porém,
Agora que olho para ti,
Com olhos de viajante cansada,
Não posso deixar de reparar
O quão me enganei quanto a ti.
Enquanto eu te sorria feliz,
Tu sorrias com desdém.
Enquanto eu te falava de coração aberto,
Tu assimilavas as minhas palavras,
Não como amiga
Mas como serpente que planeia,
Discreta e falsamente,
Como há-de comer a presa.
Pois digo-te agora, minha velha amiga,
Que os tempos em que eu,
Na minha doce inocência,
Pensava encontrar em ti a verdade pura
Estão mortos como o Latim
Peço-te assim,
Que não me venhas buscar.
Não voltarei.
23 de Março de 2007
Etiquetas: 2007
1 Comentários:
todos deixamos para trás a nossa bolha. como fantasma que se desprende de uma mentira corpórea.
doce inocencia que libertou olhos que so vêm a preto e branco.
mas talvez a ilusão seja apenas uma parte do branco. ou do preto.
talvez.
e ainda falas de mim.... lindo *.*
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